
Por Assessoria CBF
Desde 2019 no comando da Seleção Feminina Sub-17, Simone Jatobá agora tem uma dupla responsabilidade: vai conduzir também a Seleção Sub-15. Com graduação no curso UEFA A, no qual optou por percorrer todas as etapas em quatro anos de estudos, ela vê muito potencial para o crescimento do futebol feminino do Brasil e espera que clubes e federações se engajem cada vez mais nessa campanha.
“Nosso país é imenso e já existe um trabalho muito bom com as meninas desde cedo. Vários clubes estão investindo na base. Isso é bom. Mas é preciso que avancemos. Não podemos mais supor que o futebol masculino e o feminino não podem conviver. Ao contrário, temos visto no mundo todo que eles podem sim interagir, que podem crescer juntos, atuando na formação de atletas.”
Simone participou das históricas campanhas da Seleção Feminina na Copa do Mundo de 2007, na China, e na Olimpíada de Pequim, em 2008. Em ambas, o Brasil foi vice-campeão.
Nos Jogos de 2008, ficou com a medalha de prata após uma final dramática contra os EUA. Para se classificar à decisão, a Seleção goleou a campeã do mundo Alemanha por 4 a 1. Lembranças que marcam aquelas jogadoras que uniam talento, aplicação, entrega e um objetivo: fomentar o futebol feminino no país.
Como treinadora da Seleção Sub-15, ela e sua comissão técnica (também a mesma da Sub-17) vão fazer duas convocações até o final do ano: em julho e dezembro. Dois períodos curtos possivelmente em Teresópolis, a fim de não atrapalhar o ano escolar das jovens jogadoras, com treinos e amistosos locais. Isso ajudará bastante a curto e médio prazo o trabalho da Seleção Sub-17.
“A Fifa ainda estuda a criação de um Mundial Feminino Sub-15, assim como a Conmebol com um Sul-Americano da categoria”, contou Simone.
Já na Sub-17, onde é a técnica da Seleção desde 2019, o calendário prevê o Sul-Americano de 2024, em março ou abril, ainda sem país-sede definido. Essa competição é classificatória para o Mundial, no final do ano que vem.
“A Seleção Sub-15 já põe as meninas em contato com a nossa metodologia de jogo, ajuda a tirar o peso de vestir a camisa da Seleção, deixa elas mais à vontade para representar o Brasil em compromissos futuros; serve muito como adaptação. Quando chegarem à Sub-17, já estarão mais acostumadas a tudo isso.”
Além de jogadora da Seleção Principal, Simone atuou em clubes nacionais, como Saad e São Paulo, por exemplo, e consolidou sua carreira vitoriosa com uma década a serviço do futebol francês. Nos últimos anos, investiu em sua formação profissional. Além do curso na UEFA, tem a Licença A da CBF, os diplomas de Gestão Esportiva da Conmebol e de Fundamentos da Gestão Esportiva, do Instituto Johan Cruyff, da Espanha, entre outros.
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